sexta-feira, 23 de maio de 2008

O milagre da Glucosamina!!

Retarda a progressão da osteoartrose e reconstitui a cartilagem destruída, sem os efeitos secundários dos medicamentos.

O American College of Rheumatology reconhece e destaca o efeito anti-inflamatório do sulfato de glucosamina no atraso da progressão da osteoartrose. Uma ideia que saiu também reforçada no vigésimo Congresso Internacional das Associações de Reumatologia, mais precisamente no workshop “A fórmula para tratar articulações danificadas”, realizado em 2001, onde colaboraram vários especialistas da área reumatológica.


Para a cartilagem articular

Substância natural composta por glicose e glutamina, a glucosamina é precursora e estimulante da síntese dos proteoglicanos (grupos de proteínas que compõem o que é conhecido como a "substância base" da cartilagem). A glucosamina é a matéria-prima para a produção destes proteoglicanos. Se existem quantidades suficientes deste composto disponíveis, então a sua síntese é conseguida. É uma molécula de fácil absorção e rapidamente assimilada pelo corpo. No meio fisiológico, 75% da glucosamina não é ionizada e, por isso mesmo, consegue atravessar facilmente as membranas. Estudos sobre absorção indicaram que esta substância é rapidamente absorvida e atraída apenas para a cartilagem articular.


A Osteoartrose


Doença degenerativa que ataca as articulações. O contacto entre os ossos que fazem parte da articulação doente, devido ao desaparecimento gradual do tecido cartilaginoso, que vai degenerando, causa diferentes graus de dor, inflamação e incapacidade. Este quadro é acompanhado por um enrijecimento da articulação que dificulta, mais ou menos significativamente, os movimentos aos quais a estrutura está associada. Nas fases mais adiantadas da doença, a quantidade de líquido no interior da articulação aumenta, dificultando ainda mais a mobilidade. Os joelhos, mãos, coluna vertebral e coxa são algumas das articulações mais afectadas. É uma enfermidade progressiva e muito frequente.

Pode dizer-se que é pouco habitual em pessoas com menos de 40 anos, e mais frequente em indivíduos com mais de 60 anos. É mais comum nas mulheres do que nos homens, e é a principal causa de invalidez no mundo. No que respeita a atletas de alta competição, estes estão mais sujeitos a sofrer de osteoartrose precocemente.
Glucosamina e osteoartrose.


Travar a destruição das articulações

Investigadores belgas estudaram o efeito da utilização de glucosamina a longo prazo sobre a evolução da osteoartrose. À amostra composta por 212 pessoas com idade superior a 50 anos – todos sofriam de osteoartrose nos joelhos - foi-lhes administrado individual, aleatória e oralmente, 500 mg de sulfato de glucosamina ou de placebo, três vezes ao dia. As conclusões da experiência foram obtidas através da comparação entre as medições da largura do espaço medial interno da articulação do joelho de cada indivíduo, com a ajuda de raios X e recorrendo a imagens digitais. A dor, a funcionalidade, a rigidez e o consumo de analgésicos foram também informações recolhidas durante 3 anos.

Os resultados obtidos sugerem que o sulfato de glucosamina pode ser um agente com capacidade para alterar a progressão da osteoartrose. Enquanto nos pacientes que tomavam a substância não havia diminuição significativa do espaço articular analisado, no conjunto de indivíduos que ingeriram o placebo registou-se uma perda importante desta área. Com a utilização do placebo não se detectaram alterações ao nível da dor e da funcionalidade articular, enquanto que os utilizadores de glucosamina revelaram uma melhoria que se avaliou situar entre os 20 e os 25%.


Sintomas aliviados

Outro estudo significativo sobre o efeito da glucosamina sobre a osteoartrose foi produzido em Pavia, Itália, onde 80 pacientes que sofriam de osteoartrose severa foram hospitalizados por 30 dias. Foi-lhes receitado descanso e fisioterapia, sem nenhum fármaco. A metade dos doentes foi administrada glucosamina e a outra, placebo. No final, 25% dos doentes a quem foi administrada glucosamina deixou de ter sintomas. No grupo que tomou o placebo, não foram detectadas melhorias.

Quando examinadas ao microscópio electrónico, algumas amostras de cartilagem recolhidas durante o estudo mostravam a degeneração típica de cartilagens com osteoartrose: pertenciam às pessoas que tomaram placebo. A cartilagem dos pacientes tratados com glucosamina apresentou aspecto igual ao de uma cartilagem sã. Ao lembrarmos que todos os indivíduos seleccionados para fazerem parte do estudo sofriam de osteoartrose severa, parece termos aqui uma demonstração do potencial da administração oral da glucosamina na recuperação da cartilagem doente e deteriorada.