domingo, 29 de maio de 2011

A dieta do Bem-Estar

Não acredita na medicina anti-envelhecimento. No seu livro, o Dr. Weil expõe os conceitos que garantem longevidade e saúde.

Professor de medicina na Universidade de Arizona, Andrew Weil fundou um programa de Medicina Integrada, que assenta nas terapias convencional e tradicional, recusando a actualmente popular medicina anti-envelhecimento. "Envelhecer é um processo biológico e não podemos inverter o relógio", defende. Em "Healthy Aging", o seu mais recente livre, Andrew Weil expõe os conceitos básicos da Medicina Integrada em nome de um envelhecimento de qualidade.

No que toca à dieta, o médico americano defende que ela é a principal fonte de inflamação, e que este é o processo que mais determina o envelhecimento e destruição dos tecidos e órgãos. "Desafio-vos a seguir uma dieta que acredito aumentar as probabilidades de um envelhecimento saudável". Conheça-a.

Básicos
Procure a variedade e inclua o máximo de alimentos frescos. Reduza o consumo de comida processada e fast food. Coma frutas e vegetais em abundância, tentando incluir hidratos de carbono, gordura e proteína em cada refeição. A distribuição de calorias deverá ser: 40-50% de hidratos de carbono, 30% de gorduras e 20-30% de proteína.

Hidratos de carbono
  • Numa dieta de 2000 calorias diárias, as mulheres adultas devem comer 160-200 gramas de hidratos de carbono diariamente, sob a forma de alimentos menos refinados e processados.
  • Homens adultos devem comer 240-300 gramas de hidratos de carbono por dia.
  • Reduza o consumo de alimentos feitos à base de farinha de trigo e açúcar, nomeadamente pão e snacks embalados
  • Coma mais cereais integrais, feijões, batatas doces.
  • Cozinhe a pasta al dente e coma-a com moderação.

Gordura
  • Numa dieta de 2000 calorias diárias, 600 calorias podem ser provenientes de gordura, ou seja, cerca de 67 g, num rácio de 1:2:1 de saturadas para monoinsaturadas para polinsaturadas.
  • REDUZA o consumo de gordura saturada comendo menos manteiga, recheios, queijos e outros lacticínios gordos, carnes gordas, frango com pele, e produtos feitos à base de óleo de coco.
  • Utilize azeite extra-virgem como óleo principal para cozinhar. Se quiser uma gordura de sabor neutro, utilize óleo de canola.
  • EVITE óleo de cártamo e girassol, de milho, e óleos vegetais mistos.
  • EVITE margarina ou alimentos que a tenham como ingrediente. Evite totalmente todos os produtos feitos a partir de óleos parcialmente hidrogenizados.
  • Inclua pêra abacate e sementes na sua dieta, especialmente avelãs, cajus e amêndoas.
  • Como fonte de ácidos gordos ómega 3, prefira o salmão (selvagem), sardinhas, arenque, bacalhau, ovos fortificados, sementes, ou tome um suplemento de óleo de peixe.

Proteínas
  • Numa dieta de 2000 calorias por dia, a dose diária de proteína deve ser de 80-120g. Ingira menos proteínas se tiver problemas de rins ou fígado, alergias ou doenças autoimunes. 
  • Prefira as proteínas de origem vegetal, sobretudo feijões e sementes de soja. Reduza o consumo de alimentos gordos e da proteína animal, com excepção do peixe.

Fibras
  • Tente consumir 40g de fibras por dia. Este número pode ser atingido com mais fruta, vegetais (sobretudo feijão) e cereais integrais.
  • Os cereais prontos a comer podem ser uma boa fonte de fibra, mas não se esqueça de verificar nos rótulos se contêm pelo menos 4 a 5g de fibra por cada dose de 28g.








Fonte: Revista Performance

domingo, 15 de maio de 2011

Lombalgia

6 Medidas preventivas


Muito exercício 
Reforçar a musculatura da zona lombar e abdominal revela-se essencial, já que a maioria das lombalgias acontece por enfraquecimento dos músculos. Aconselhe-se junto de um personal trainer ou fisioterapeuta para se assegurar de que os exercícios são correctamente executados, para não potenciar lesões.

Corrija a postura 
Em caso de episódios recorrentes, uma má postura pode ser a principal culpada. Torne-se consciente do seu corpo, aprenda a reconhecer tensões desnecessárias e a privilegiar a curvatura natural da coluna. Se necessário, recorra a programas de reeducação postural.

Segurança no trabalho 
Reveja a sua posição enquanto trabalha: ao computador, mantenha o écran ao nível dos olhos. Se passar muito tempo sentado(a), mantenha os joelhos abaixo do nível das ancas e habitue-se a mantê-las firmes junto às costas da cadeira. Se preciso, adquira um rolo de apoio que proporcione uma melhor posição e tente intervalar longos períodos de inactividade: tire fotocópias, caminhe pelos corredores, desça e suba um lance de escadas.

Durma sobre o assunto 
Dormir de costas ou de barriga para cima pode acentuar a curvatura da coluna e provocar dor. Experimente dormir de lado, com os joelhos dobrados à altura das ancas e colocar uma ou duas almofadas por debaixo dos joelhos, o que eleva as ancas e endireita a zona lombar, reduzindo a tensão nesta área.

Evite situações de risco 
Carregar sacos ou mochilas pesadas, levantar objectos utilizando os músculos dos braços e das costas (em vez dos das pernas) e uma fraca auto-estima são situações que atraem lombalgias. Após o exercício físico, devem evitar-se posições desleixadas: é quando o corpo está a arrefecer que as dores geralmente se desenvolvem.

Extras 
Embora a evidência científica seja fraca, a utilização de faixas lombares, solas para sapatos ou colchões especiais pode garantir algum conforto.




FONTE: Revista Performance

segunda-feira, 9 de maio de 2011

AS DIETAS HIPERPROTEICAS EMAGRECEM?

Os estudos dizem que sim!

A melhor notícia é que também protegem o músculo, o coração e o sistema imunitário. Se quer perder peso, adicione a palavra proteína às suas refeições. E descubra o whey, as doses diárias recomendadas e a mais-valia que também oferece a atletas.

Diz a informação científica, mas também a experiência pessoal dos técnicos de nutrição que acompanham programas de controlo de peso, que as dietas que melhor contribuem para a redução da gordura corporal, protegendo o músculo, são as dietas com mais proteínas e menos hidratos de carbono. À parte das vantagens adicionais de colaborarem, de forma mais eficaz, para o controlo glicémico e apresentarem maiores benefícios ao nível cardiovascular, ou seja. Contribuem para diminuir o colesterol total e os triglicéridos, conferem mais saciedade, são melhor toleradas e menos inflamatórias.

E quando incluem especificamente alguns tipos de proteína (como por exemplo soro do leite) oferecem ainda benefícios claros ao nível do fortalecimento do sistema imunitário.
No que respeita aos atletas, esta é com certeza uma boa estratégia nutricional, uma vez que o músculo é composto basicamente por água e proteína e que em cada sessão de treino há uma agressão significativa da massa muscular. A dúvida que se coloca frequentemente prende-se com uma eventual associação de muita proteína a problemas renais. 
A questão está precisamente aqui: o que significa muita? 
Outra questão fulcral: a que tipo/fonte alimentar de proteínas se referem as dietas hiperproteicas?
Proteínas de carnes gordas, lacticínios gordos, enchidos, hambúrgueres? 
Não. Proteínas obtidas do soro do leite, da soja, da albumina da clara do ovo. 
Se ainda tem dúvidas, passamos aos factos.


AS DIETAS PROTEICAS ACOMPANHAM A NOSSA EVOLUÇÃO
Segundo Loren Cordain (especialista da Universidade do Colorado), a dieta do homem do Paleolítico era obtida em mais de 50% do seu valor energético por fontes de origem animal. Por sua vez, a introdução dos cereais iniciou-se há cerca de 10.000 anos atrás com o trigo serraceno (trigo primitivo). Ou seja, muito pouco tempo na escala evolucionária para que pudessem ter ocorrido adaptações no genoma humano. Portanto, os nossos genes estão muito melhor "apetrechados" para lidar com as proteínas do que para lidar com os amidos e o glúten dos cereais. Pior ainda se estes forem altamente refinados.


PROTEÍNA: EFEITO PROTECTOR CARDIOVASCULAR
Um dos últimos estudos científicos publicados demonstrou que uma dieta hiperproteica (34% proteína) aumentou os valores do colesterol HDL (colesterol protector) em 20%, comparativamente com o grupo que fez uma dieta rica em hidratos conforme o tradicionalmente recomendado. Este trabalho mostrou também melhoria da glucose, insulina e da inflamação.


PROTEÍNA: ACÇÃO SOBRE O AÇÚCAR NO SANGUE
As dietas hiperproteicas demonstram melhorar a sensibilidade das células à insulina, em casos de excesso de peso ou obesidade, o que quer dizer que se consegue controlar melhor os níveis de açúcar no sangue dessas pessoas. Este tipo de dietas poderá assim ajudar a travar a progressão das doenças cardiovasculares e da diabetes, contribuindo simultaneamente para a redução da gordura corporal. 


PROTEÍNA: QUEIMA GORDURA E PROMOVE O GANHO DE MASSA MUSCULAR
Como é que isto acontece?
Em primeiro lugar, está provado que as dietas hiperproteicas aumentam de forma mais significativa a termogénese (metabolismo), do que as ricas em hidratos. Este é um aspecto fundamental em qualquer programa de redução da gordura corporal, especialmente nos indivíduos sedentários, uma vez que permite que queimem mais calorias, mesmo quando estão em repouso.


Um estudo recente acompanhou durante 12 semanas homens e mulheres, divididos em dois grupos:

Grupo 1 - Dieta hiperproteica: proteína
28%; hidratos carbono - 42% e gordura - 28%;

Grupo 2 - Dieta Normoproteica: proteína - 16%; hidratos de carbono ″ 55% e gordura - 26%;
As conclusões revelaram que as pessoas do grupo 1 perderam significativamente mais gordura total (5.3 versus 2.8 kg) e mais gordura abdominal (1.3 versus 0,7 kg) que as pessoas do grupo 2, enquanto no peso total não houve diferenças.

Como este, há dezenas de estudos que chegaram aos mesmos dados. Daí que quando o objectivo é reduzir a gordura e preservar a massa muscular, as dietas restritas em energia, mas ricas em proteína, são sempre recomendáveis. Especialmente pelos seus benefícios adicionais.


PROTEÍNAS EM QUE DOSES?
As quantidades não são consensuais. Embora estudos recentes tenham demonstrado que dosagens mais elevadas de proteínas são perfeitamente seguras e toleradas pelo ser humano saudável. Em Portugal, e de acordo com as recomendações internacionais são aconselhadas 0,8kg dia sendo que estes valores baseiam-se nas necessidades estruturais e descuram o uso de proteínas no metabolismo energético.

No International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism, uma revista especializada na área, sugere-se uma dose máxima de 2-2,5gr por kg de peso dia de proteína, o que corresponde a 176gr para um individuo de 80kg.
Ainda assim e um valor bastante abaixo da dose máxima de segurança teórica para um individuo de 80kg – 285 a 365gr  dia o que corresponde a 3,5 – 4,5gr dia. 
São valores teóricos que não registam sintomas de hiperamoniémia – perda de capacidade do fígado em sintetizar ureia e amónia e hiperaminoacidémia. Resumindo outro estudo publicado no Sports Nutrition Review Journal conclui que a ingestão de proteínas ate 2,8gr por kg de peso não altera a função renal em atletas bem treinados.


AS VANTAGENS DAS PROTEÍNAS WHEY:
As proteínas que se obtêm a partir do soro do leite são as melhores absorvidas devido a sua elevada solubilidade sendo também as que apresentam também o valor biológico mais alto, isto é, garantem a maior retenção do azoto para a síntese de proteína muscular. São muito ricas em aminoácidos de cadeia ramificada (ate cerca 25%) e cisteína – aminoácido essencial para a síntese de glutatião. Por este motivo apresentam um forte poder antioxidante. São claramente as proteínas mais usadas por todos os atletas, quer na prevenção da destruição do músculo quer no ganho de massa muscular.


COMO USAR AS PROTEÍNAS WHEY (OU DO SORO DO LEITE):
Para controlar o apetite e aumentar a termogénese:Tomar 20 a 30 g dl proteína whey, misturada em 200 a 250 ml de água, 30 minutos antes almoço e do jantar, para redução do apetite.

Para aumentar a utilização da goro durante o exercício:
Tomar 20 g de proteína whey, 30 minutos antes do exercício cardiovascular (marcha, bicicleta, corrida). Deste modo, aumenta-se a utilização da gordura previne-se a perda de músculo.

Para ganhar massa muscular:
Tomar 25 a 40 g de proteína 30 a minutos antes do exercício de força misturado com a mesma quantidade de hidratos de carbono e 3 grama creatina. Misturar tudo em 300 a ml de água. Repetir a mesma dos imediatamente após o exercício.






Fonte: Revista performance